COP30: os principais destaques e como eles aceleram a transformação ESG no setor de eventos corporativos

cop30 belém

A COP30 em Belém está reunindo mais de 190 países e colocou novamente o mundo diante de um dilema urgente: ou aceleramos as ações climáticas, ou aceitamos um cenário de aquecimento próximo de 2,5 °C nas próximas décadas, muito acima do limite desejado de 1,5 °C.

Além dos debates globais, o encontro deixou claro que sustentabilidade não é mais uma iniciativa isolada, mas um eixo estratégico que atravessa governos, empresas e cadeias de fornecedores. E isso inclui, de forma direta, a indústria de eventos.

Neste conteúdo, você confere os principais movimentos da COP30 nos primeiros dias e como eles influenciam a forma de planejar, produzir e executar eventos corporativos no Brasil.

1. Abertura da COP30: transparência, urgência e colaboração

A conferência começou com a definição rápida da agenda, um gesto incomum que foi interpretado como disposição para avançar em consensos importantes. Delegações governamentais, setor privado, organizações indígenas e sociedade civil destacaram três prioridades:

  • acelerar a redução de emissões;
  • reforçar mecanismos de justiça climática;
    fortalecer a implementação local, com foco em cidades, estados e municípios.

A COP30 reforça que ação climática não acontece apenas em tratados internacionais: ela precisa ser incorporada ao cotidiano das empresas, à gestão das cadeias produtivas e às experiências que conectam pessoas, incluindo os eventos corporativos.

2. A Belém Declaration: clima, fome e pobreza como temas conectados

Um dos marcos iniciais da conferência foi a assinatura da Belém Declaration on Hunger, Poverty and Human-Centered Climate Action, reunindo 43 países e a União Europeia.

O documento reforça que mudanças climáticas não são apenas um problema ambiental, mas social e econômico. Entre os compromissos:

  • fortalecer ações para erradicação da fome em comunidades vulneráveis;
  • reduzir desigualdades impactadas pelo clima;
  • incentivar modelos produtivos mais sustentáveis;
  • estimular parcerias entre governos e empresas para acelerar resultados.

3. As novas metas e desafios climáticos apresentados na conferência

Painéis científicos apresentados durante a COP30 reforçaram que, se todos os planos nacionais atuais forem cumpridos, o mundo ainda se encaminha para cerca de 2,5 °C de aquecimento, um número preocupante.

Os pontos principais destacados:

  • necessidade de revisão dos NDCs (planos nacionais de redução de emissões);
  • urgência em reduzir emissões nos setores de energia, transporte e indústria;
  • pressão crescente para que empresas adotem inventários de carbono e relatórios ESG verificáveis;
  • abertura de novos mecanismos financeiros para descarbonização em países emergentes.

4 Conservação de florestas e economia de baixo carbono: impactos diretos no Brasil

A COP30 também reforçou iniciativas como a Scaling JREDD+ Coalition, que cria mecanismos de pagamento por resultados para estados e países que comprovam redução do desmatamento.

5. O papel das cidades e governos locais: a era dos eventos sustentáveis chegou

Um dos anúncios mais comentados foi o fortalecimento da colaboração entre governos nacionais, estaduais e municipais, com a ideia de que a implementação climática começa no território.

Para os eventos, isso representa uma tendência clara:

  • exigência de licenças ambientais mais rígidas;
  • incentivos para eventos sustentáveis em espaços públicos;
  • valorização de fornecedores que adotam práticas de baixo impacto;
  • aproximação entre políticas públicas e ESG no setor privado.

6. Como o setor de eventos se transforma depois da COP30

O impacto da COP30 no mercado de eventos já pode ser traduzido em seis movimentos:

1. Relatórios e métricas ambientais deixam de ser promessa e viram obrigação
Inventários de carbono, indicadores de resíduos e mapeamento de impacto social passam a ser diferenciais competitivos.

2. Busca por fornecedores ESG-first
Cenografia, audiovisual, logística e tecnologia já precisam de comprovação de boas práticas.

3. Otimização logística e energia limpa
Eventos com menor deslocamento, montagem inteligente e uso de energia eficiente.

4. Estruturas reaproveitáveis e sustentáveis
Cenografia modular, materiais recicláveis e redução de descarte.

5. Adoção de tecnologias imersivas para substituir elementos físicos de alto impacto
Realidade aumentada, hologramas, interatividade digital, simulações virtuais.

6. O ESG deixa de ser apenas institucional e passa a ser operacional
Empresas precisam provar que “fazem” ESG, não apenas comunicam.

Conclusão: a COP30 acelera uma transformação inevitável e nós vamos liderar, não reagir

O recado está dado: sustentabilidade não é uma tendência, é uma exigência global.

A COP30 reforça um movimento em que marcas, governos e fornecedores precisam operar com:

  • responsabilidade ambiental,
  • impacto social positivo,
  • governança sólida
  • e eficiência operacional.

E no setor de eventos, essa mudança já começou.
O futuro pertence a quem consegue unir tecnologia, criatividade e responsabilidade em cada entrega.

O Grupo R1 está preparado para esse novo capítulo e pronto para ajudar empresas a realizarem eventos de alto impacto com menor impacto no planeta.

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